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Sem um olhar para o problema: Alunos da UNIR em Porto Velho sofrem para estudar em meio às carapanãs

Uma mão nos cadernos e a outra nas pernas, nos braços, em qualquer parte do corpo. “É impossível se concentrar em sala de aula. Ou você tenta estudar ou mata as carapanãs”, declara o estudante F.A.L., de 37 anos.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

A reclamação é apenas uma entre muitas, feita todos os dias pelos estudantes do Campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), localizado em Porto Velho. As carapanãs invadem o ambiente universitário e tiram o sossego dos alunos. “Parece brincadeira, mas é verdade. Não tem para onde correr”.

Em sala de aula, os mosquitos se proliferam de forma vertiginosa. “Tem carapanãs demais aqui. É assim mesmo?”, pergunta um docente recém-chegado na instituição.

Nos banheiros, a situação também preocupa. É praticamente impossível realizar qualquer necessidade fisiológica sem a presença dos mosquitos. Nos vasos sanitários, os insetos penetram até pelos furos por onde passa o jato de água da descarga. “O mais incrível de tudo isso que passamos na UNIR é que ninguém faz absolutamente nada”, denuncia um estudante.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

Mesmo fora das salas de aula, as carapanãs não dão trégua. “Se você ficar embaixo das árvores, também sofre com as picadas dos insetos. Realmente, a situação do Campus da UNIR por conta das carapanãs é insustentável”, relata um estudante de Arqueologia que preferiu não se identificar.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

Não apenas insustentável, mas um caso de saúde pública. A reportagem do News Rondônia traz o relato de um estudante de Letras que, há poucos dias, foi acometido por malária. Exames comprovaram a doença. Absolutamente nenhuma investigação foi feita para apurar se a malária no aluno teria como causa as carapanãs no Campus da universidade.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

Se durante o dia a situação já é crítica, à noite, o que já era ruim, só piora. Nas paradas de ônibus próximas à mata, o aluno não consegue ficar parado por um segundo. É preciso andar de um lado para o outro para não se tornar um alvo fácil para os insetos. “O alívio é quando enxergamos o ônibus se aproximando”, relata um estudante.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

Há quase um ano na UNIR, o aluno J.N.K., de 24 anos, é um dos que sofrem com o problema. Ele é alérgico a picadas de insetos e lembra que, desde que ingressou na universidade, não viu qualquer intervenção por parte da administração do Campus.

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FOTOS: NEWS RONDÔNIA

“Absolutamente nada. Aliás, fica aqui um pedido para a Reitoria da UNIR que olhe para as pequenas situações que precisam ser solucionadas dentro do Campus. O fumacê seria o mínimo a se exigir no momento atual. Precisamos urgentemente que algo seja feito para o bem-estar de todos”, finaliza.

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